Socioeducação se despede de Ari Sacramento: Uma vida dedicada ao serviço público
10 de julho de 2025 - 11:44
A socioeducação do estado do Ceará se despede do experiente socioeducador José de Arimateia Sacramento dos Santos, carinhosamente conhecido como Sr. Ari. É com profundo respeito e admiração que a Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas) presta uma homenagem de despedida a quem dedicou sua vida ao serviço público e à causa da socioeducação no Estado do Ceará.
Ari Sacramento nascido em 6 de maio de 1956, na cidade de Fortaleza, Ceará, filho de Antônio Conceição dos Santos e Maria José Sacramento dos Santos.Sua trajetória no Sistema Socioeducativo do Estado do Ceará teve início na década de 80, quando assumiu a função de instrutor educacional. Ao longo de sua carreira, também desempenhou com excelência as funções de diretor de Centro Socioeducativo e Apoiador Institucional, sempre pautado pela ética, empatia e respeito aos direitos humanos. Com dedicação incansável, participou da implantação do novo modelo de gestão e das metodologias propostas desde a criação da Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas). Sua atuação foi determinante para o fortalecimento e reordenamento do sistema no Estado, com passagens marcantes por diversas unidades.
Sr. Ari foi um dos protagonistas na construção das primeiras Assembleias Socioeducativas e das primeiras Comissões Disciplinares, contribuindo significativamente com a consolidação de metodologias inovadoras, humanizadas e transformadoras no atendimento a adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas;
Sua última atuação profissional foi no Centro Socioeducativo Dom Bosco, onde permaneceu até o encerramento de sua jornada. Sua partida deixa uma lacuna irreparável no convívio com os colegas e na história da socioeducação cearense, mas seu legado permanece vivo e inspirador. Será eternamente lembrado como um servidor comprometido, um educador incansável, um colega leal e uma referência ética para todos aqueles que atuam na proteção e desenvolvimento da juventude em nosso Estado. Que sua memória continue a iluminar os caminhos de todos que, com ele, acreditam na educação como ferramenta de transformação social.
Depoimentos
“Seu Ari, como carinhosamente chamamos, foi um imprescindível no processo de reestruturação dos Centros Socioeducativos. Com sua seriedade e sabedoria conquistou a todos, construindo amizades pautadas em lealdade. Sabia fazer Socioeducação como poucos, e era um mestre na arte de criar vínculos positivos com os jovens. Aprendi muito com seus ensinamentos. Nesse momento de dor, prefiro ficar com as lembranças boas, sua alegria cotidiana, seu vivenciar nas unidades como um espaço educativo. Fica registrado reconhecimento e gratidão a esse profissional comprometido e uma referência para o Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo”. (Roberto Bassan, superintendente da Seas).
“O Sr. Ari foi apoio, foi conselho, foi acolhida. Tornou-se uma referência de sensibilidade na escuta dos adolescentes do sistema socioeducativo. Sempre muito humano e atento às questões de cada jovem, nos ensinava com seu olhar cuidadoso a importância de compreender as histórias que permeavam a vida dos jovens, para que pudéssemos ser o apoio de que realmente precisavam. Sr. Ari já está fazendo muita falta”. (Fabiana Pimenta, chefe de gabinete).
“Hoje me despeço com o coração em lágrimas, do amigo Sr. Ari. Quem teve a honra de conviver com ele sabe o quanto era leal, ético e incansável companheiro na luta pela socioeducação. Sua presença era luz, seu exemplo, direção. Agradeço por cada palavra, gesto e momento de caminhada ao seu lado. Que sua dedicação siga viva em nossas ações e em nossas memórias”. (Ana Paula Íris, coordenadora da Asdis).
“Ari Sacramento, o que posso falar sobre esse homem ímpar. Posso dizer que sou grato por ter tido a oportunidade de tê-lo como amigo. Pra quem o conhecia de perto sabia que ele amava a vida, que era um pai exemplar. E com aquele jeito sereno de ser, sempre com pontuações muito pertinentes. Deixa sua marca e seu legado na contribuição de uma politica que por vezes é ingrata (socioeducação). Tenho certeza que ficará em nossos corações”. (Ramon Ribeiro, diretor do Centro Socioeducativo Dom Bosco).