Núcleo de Saúde do Trabalhador da Seas realiza palestra com foco na saúde do homem

21 de novembro de 2022 - 15:50

Os especialistas alertam: o câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens, é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. Os números são assustadores. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata. Os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Diante dessa estatística e motivado pela Campanha do Novembro Azul, o Núcleo de Saúde do Trabalhador, com apoio do Núcleo Escola Estadual de Socioeducação da Seas, promoveu uma palestra destinada ao público masculino formado por servidores dos centros socioeducativos e da sede.

A Seas convidou para proferir a palestra o psicólogo David Laurindo e a enfermeira do trabalho, Margarida Ramos Fontenele. David falou sobre as discussões acerca da masculinidade, problematização do patriarcado, autocuidado do homem, tabus e preconceitos.

Já a enfermeira Margarida Fontenele abordou a Campanha do Novembro Azul, sensibilizando e conscientizando a população masculina em relação aos cuidados com a saúde e importância da realização de exames de prevenção contra o câncer de próstata. Também informou sobre os locais onde são realizados os exames e como é feito o tratamento.

Diagnóstico precoce

A única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico).

Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita de câncer de próstata, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal.

A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade há a opção da vigilância ativa, na qual periodicamente se faz um monitoramento da evolução da doença intervindo se houver progressão da mesma.