Participação de jovens no Enem/PPL 2022 aumenta em 115%

Um aumento de 115% no números de adolescentes e jovens inscritos no Enem/PPL 2022, reforça a qualidade do ensino nos centros socioeducativos do estado do Ceará. Em 2021, increveram-se 56 socioeducandos; para 2022, aumentou para 154.

Nas provas realizadas nesta terça-feira, 10, compareceram 97 alunos, sendo 79 da Capital e 18 do Interior do Estado.

Sonho é transformação

Uma hora antes de iniciar as provas no Centro Socioeducativo Passaré, o jovem faz as suas orações para ter um bom desempenho no Enem/PPL 2022. Disse que aproveitou bastante as aulas ministradas pelos professores dentro da unidade e sonha em transformar a sua vida, caso venha ser aprovado.

A escolha do curso de Física se deu pelo fato de gostar muito da disciplina e almeja ministrar aulas e se capacitar ainda mais:

“Todos têm um sonho. Esse é o meu grande objetivo. Quero sempre acertar, fazer o melhor, ajudando outras pessoas. Nunca desisti de todos os meus sonhos”, conta o jovem.

Nesta terça-feira foi aplicado o questionário socioeconômico, a partir das 12h30min, e uma hora depois, a realização das provas de Linguagens, Ciências Humanas e Redação. Apenas quatro centros socioeducativos não fizeram inscrições, porque não contam com adolescentes que atinjam o perfil para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Na quarta-feira, 11, serão aplicadas as provas de Ciências da Natureza (Química, Física e Biologia, bem como Matemática e suas tecnologias. O resultado geral do Enem pelo Inep está previsto para ser publicado a partir do dia 13 de fevereiro de 2023, na Página do Participante. Para a consulta, será necessário informar o CPF e senha cadastrados.

Mudança de perfil

Em 2021, foram inscritos apenas 56 adolescentes. Os números atuais (noventa e sete participantes) são comemorados pela assessora do eixo escolarização da Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas), Maria Aparecida Nazaré da Costa. Ela destaca o nível de escolarização e a mudança de perfil

“Hoje temos bem menos adolescentes em nível de anos iniciais (ensino fundamental e letramento/alfabetização) e um considerável aumento no número de adolescentes no
ensino médio nos centros socioeducativos do Estado. Avançamos muito nesse sentido”, pontua Aparecida.