Adolescentes participam de Círculos de Paz em Centro Socioeducativo

17 de setembro de 2020 - 16:26

Texto: Lígia Duarte/ Fotos: George Braga

 

A iniciativa faz parte de uma ação em parceria com o Terre Des Hommes 

Visando utilizar as práticas restaurativas como metodologia a ser aplicada nas unidades socioeducativas, a Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas), em parceria com a Terre Des Hommes (TDH), está realizando um projeto-piloto no Centro Socioeducativo Patativa do Assaré, que visa instituir círculos de construção de paz na rotina socioeducativa dos jovens.

Esse processo começou em 2019, com a formação introdutória de Justiça Restaurativa. E neste segundo momento, um outro curso está sendo realizado, desta vez para facilitadores, onde os profissionais são capacitados para atuar realizando círculos de paz nos centros socioeducativos, conforme explica a Coordenadora de Projetos do TDH, Renata Araújo.

“O projeto ele iniciou no final do ano passado, em novembro nos realizamos já duas formações. […]Atualmente a gente está implementando o manual que foi sistematizado com fluxo de procedimentos, encaminhamentos dos casos e os profissionais que participaram do curso de facilitadores estão na etapa do estágio, no qual eles estão realizando os círculos de construção de paz para serem certificados como facilitadores.”

Essa formação habilitará os profissionais a conduzirem as práticas restaurativas na unidade, possibilitando-os atuar como mediadores em conflitos que possam ocorrer dentro da unidade, bem como trabalhar ações de prevenção, nas quais se fortalecem os vínculos entre os adolescentes e as atividades que já acontecem dentro da própria unidade.

Renata Araújo, reforça a importância desse projeto para o adolescente em cumprimento de medida socioeducativa.“O projeto ele busca fortalecer o sentido de responsabilização, que é o objetivo maior da medida socioeducativa. Então a nossa proposta envolve inserir o enfoque restaurativo, ou seja, trabalhar os princípios da justiça restaurativa no atendimento dos adolescentes e inserir as práticas restaurativas como medida disciplinar diante dos conflitos que acontecem dentro da unidade. “ destacou.